Ter que deixar partir , ter que perder algo de valor, de muito
querido, é muito complicado e doloroso. ( Mas...mas...). Como disse o poeta:
""Saber deixar partir é ter a convicção intrínseca
de que tudo é efémero, ou de que nada é eterno; a consciência plena de que todas
as histórias têm um princípio e um fim, até mesmo as de amor. ""
Como não podia ser, esta parte passa de vez em quando por mim,
desta vez, tratou-se de valor material: Menos mal. Louvado seja Deus.
Ter que deixar o meu automóvel que acompanhou 20 anos da
minha vida, não foi fácil. Foram muito os momentos passados dentro dele. O seu
interior viu crescer as minhas filhas, ouviu zangas, reparou com tristezas e alegrias.
Conheci terras, lugares com as suas quatro rodas. Um acontecimento lindo foi
que transportou a minha filha Ruth da maternidade para casa e mais tarde a
tirar a sua carta de condução, ela mesma fez muitas horas de prática nele.
Bom mesmo... foi nunca ter tido grande acidente, ter sido largado na garagem para ser reciclado. Teve que ser assim, por motivos de segurança.
Bom mesmo... foi nunca ter tido grande acidente, ter sido largado na garagem para ser reciclado. Teve que ser assim, por motivos de segurança.
Outro "" deixar partir "" foi minha casa, por sinal esta que viu a minha parte da vida, com grandes necessidades.
Construída por ideias minhas rodeada por árvores plantadas por mim. Serviu de
acolhimento para mim entre 1984 -1994. Desde então esteve abandonada, vazia.
Por razões familiares teve que ser vendida. Que a paz e o amor reine dentro
dela para que estes novos donos sejam muito felizes. Assim o espero.
Com isto tudo digo: Nada vive eternamente para nós. Pena...
No entanto resta sempre uma solução. Caminhar em frente.
Boa semana.