Muito já ouvimos dizer que o sofrimento pode levar ao crescimento e até mesmo, que as pessoas têm de sofrer para crescer. Não vou aqui celebrar o valor do sofrimento, nem recomendá-lo a toda a gente. Há traumas que deixam feridas que jamais cicatrizam ou cujas cicatrizes deixam marcas profundas. Há pessoas que parecem encontrar logo uma forma de superar aquilo que lhes é adverso, outras que se afundam na tristeza. Muitos estudos têm sido feitos com o objectivo de compreender quem é que beneficia do sofrimento e quem é que fica esmagado por ele. A conclusão, não quero eu declara-lo Enfrentar um desafio faz surgir as nossas capacidades mais escondidas. Da minha experiência própria uma das lições mais comuns que as pessoas tiram de uma grande perda ou de um trauma é que são muito mais fortes do que pensavam e esta nova ideia da sua força dá-lhes confiança para enfrentar futuros desafios. Por outro lado, encontrar um sentido para o que nos acontece e perguntar-nos o que podemos fazer com ele, é a melhor das terapias existentes actualmente.
Na verdade Anatole France, afirma bem:
"Saibamos sofrer. Se soubermos sofrer, sofreremos menos."
Eu te digo: Não adianta reclama-lo, nem te condenares mediante dele. Faz dele uma forma de vida, importante será aprenderes que ele veio ter contigo, por uma razão. Um dia essa razão, te vai dar a justificação certa para a tua dor. Se eu te digo isto, simplesmente falo por experiência.
Em parte esta minha escrita traduz-se em pensamentos, a uma amiga minha, na qual vive o seu dia a dia com uma prótese p/membro superior, acima do joelho.
Como sei que vai ler, lhe quero deixar esta bela frase;
"Dançar é sentir, sentir é sofrer, sofrer é amar... Tu amas, sofres e sentes. Dança!" (Isadora Duncan)
Já agora, mais uma vez te digo; amiga minha secreta, estou certo que um dia mais tarde, vou-te ver dançar pela primeira vez no palco da vida humana.
Sem mais a todos, um bom fim-de-semana. Em paz e harmonia, aproveitem para por as ideias em forma e organizadas.