Estando uns dias em Portugal, antes do Natal, passando por diversos distritos tive a ocasião de notar um pouco a tal crise que de tanto se fala. Em conversa com diversas pessoas tive conhecimento de certos problemas sociais, económicos, privados e colectivos. ""Especialmente com alguém que está muito mal economicamente, à causa da perda de emprego, na qual eu sinto muitíssimo"" . Por outro lado, tantas são emails que chegam ao meu correio electrónico referentes a esta crise. Aliás, pedidos de ajuda, conselhos, etc., etc. Sim reconheço que escrevo pouco em relação a esta crise, ou praticamente nada! Na verdade, política, religião, futebol e sexo, são temas nos quais eu não falo muito em público. Muito menos aqui neste meu espaço, já que são discursos que devem ser dialogados com respeito e aceitação ao outro. Cara a cara será oportuno sempre para mim. Cada pessoa tem ideia diferente, como tal deve ser respeitada. Por exemplo: Eu como Socialista, estava convencido que o Engenheiro Sócrates estava a fazer um bom trabalho, devia estar a frente do governo neste momento, o povo português errou completamente a não por confiança nele. Sou católico praticante e crente na doutrina de Deus mas não concordo na mudança da Igreja, sou contra as pessoas irem vestidas com roupas provocantes a lugares de culto (missas), sou contra servos de Deus exercerem outra actividade profissional, igualmente estes mesmos deviam ser castrados, para assim não terem tentações de carácter sexual ao ponto de darem escândalos. Sou adepto do futebol clube do Porto, mas contra elevados salários que os jogadores acumulam "" e claro fanatismo"" (gosto que ele ganhe, mas compreendo e aceito a derrota). Sexo sem grandes comentários; é sempre um tema individual, que cada um tem a ser dele, mais ainda deve ser praticado mais que falado! Sou mais a favor que deve ser pensado, imaginado e praticado. 0 Resto é cantiga!!!. Expressão lá para os lados de Viseu. Mas por inúmeros pedidos vou falar um pouco da tal falada "" CRISE "".Em parte o mundo inteiro passa por dificuldades, em certas partes do planeta mais, em outras partes menos, mas certo será dizer que vive-se um clima de crise económica generalizada, global. Todos temos culpa por isto estar acontecer, por a culpa só nos Governos nada serve, não é correcto, nada serve para levantar ânimos. Sim, não é fácil viver num país aonde o desemprego se situa em grande escala aonde se fazem grandes reformas, cortes nos salários para se poder equilibrar as finanças, para erguer a economia a um ritmo satisfatório. Mas é sempre melhor seguir esse rumo de que haver revolução (guerra). Estou convencido que a Europa vai sair desta crise, forte, com uma política mais social, mais humana. Mas igualmente acredito que esta crise vai servir de lição a todos nós, vamos deixar de parte certos hábitos, vícios, estes mesmos que só nos tiram paz de espírito, o verdadeiro sentido da vida. Toda a crise é desencadeada para podermos avaliar as escolhas que fizemos até então e retomar o equilíbrio onde ele já não existe mais. Somos obrigados, mesmo sem querer, a reavaliar nossas vidas e verificar a autenticidade de nossas escolhas. Nesses momentos devemos nos perguntar: que faço, que devo fazer, para tentar dar a volta à situação. Sair da crise...Se estamos a espera dos governos para resolver por si o nosso problema estamos a ser igoistas, fracos. Devemos ser conscientes da vida que tínhamos antes desta crise. Pode não ser o teu caso, mas era um consumismo exagerado, poupar, por de parte dinheiro não era assunto para muita gente. Muitos de nós pensávamos que conservar trabalho estável, por vezes era para pessoas medrosas, com falta de garras, que aprender uma formação mediante os tempos correntes era perder auto-estima , que imigrar era para analfabetos. Quantos de nós não gastávamos mais de que as nossas possibilidades. Comprava-se sem ter, confiava-se demais no sistema bancário, já a muito eu tinha consciência que este consumismo, esta liberdade de adquire sem ter posses, era estragador e nada tinha haver com um viver honesto e humano. Desculpem a expressão! Pelo contrário destruía, aliás destrói muitos sentimentos e virtudes verdadeiramente humanas para um bom viver. Para mim, na abundância o ser humano perde-se; nas dificuldades (crises) ele toma consciência dele próprio, da sua responsabilidade como ser humano. Na verdade quando isso acontece, conseguimos dar um significado e traduzir em crescimento, dificuldades, duvidas, dores e frustrações que vivemos, conseguimos expandir nossas forças, entrar em contacto com uma fé, um sentido de vida mais aprofundado e dar um grande salto num processo prometedor, rentável e muito fraterno. Assim o espero, para ti, para mim para todos estes que estão nesta caminhada terrena. Não te esqueças que esta é a minha ideia pessoal em relação aos tempos que estamos atravessar. Mas quem sou eu para saber ao certo o que esta certo, ou errado! Apenas tento dar um sentido a crise...alias para a vencer as minhas dificuldades...já que as tenho também!!! Qualquer sugestão esclarecimento, agradeço. mendes.cota@gmail.com
