Gostar, ajudar, compreender, aceitar, perdoar, as pessoas
que amamos, que nos são chegadas. É fácil. Mas tudo isto a pessoa (estranha),
esta que nos atendem mal disposta no supermercado, na farmácia, pelo telefone,
esta que ocupa um lugar, na qual o tens por teu direito, esta que passa ao teu
lado e não respeito o teu espaço na rua, esta que chega e ocupa o parque após
tu estar cinco minutos á espera de ele estar livre. Não é fácil! E sabes porquê?
Porque não são da nossa família, não as conhecemos? Não nada disso! Deve-se
apenas ao nosso fraco desempenho a nível de sentimentos pelo outro... Nada mais.
Acrescentar a isto,
fica com esta história real:
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Numa noite tempestuosa, há muitos anos atrás, um senhor idoso e sua esposa
entraram num pequeno hotel em Filadélfia. Todos os grandes hotéis da cidade
estão cheios. Por favor, vocês teriam um lugar para nós? Perguntou o senhor. O
funcionário explicou que, como se realizavam três grandes eventos na cidade,
não havia nenhum quarto disponível. Nem muito menos em outros hotéis. Todos os
nossos quartos também estão cheios - disse ele. Todavia, não posso deixar um
casal simpático como vocês sair na chuva à uma da manhã. Estariam dispostos a
dormir no meu quarto? O homem replicou que não gostaria de privá-lo de seu
quarto, mas o rececionista insistiu: Não se preocupe, eu cá me arranjo. Na
manhã seguinte, ao pagar a conta, o velho disse ao rapaz: Você é o tipo de
pessoa que deveria gerenciar o melhor hotel do país. Talvez um dia eu construa
um para você. O rapaz olhou para o casal e sorriu. Os três acabaram rindo e
muito. A seguir ele os ajudou a levar as malas até a rua. Dois anos se
passaram, e o rececionista já se tinha esquecido do acontecimento, quando
recebeu uma carta daquele senhor. Nela ele relembrava a noite de tempestade e
incluía uma passagem de ida e volta a Nova Iorque. Quando o moço chegou a Nova
Iorque, o homem levou-o à esquina da Quinta Avenida com a rua Trinta e Quatro e
apontou para um enorme prédio, um verdadeiro palácio de pedras avermelhadas com
torres e vigias, como um castelo de fadas elevando-se até o céu. Esse - disse o
homem - é o hotel que acabei de construir para você tomar conta. O senhor deve
estar brincando, falou o jovem, sem saber se devia ou não acreditar nas palavras
do outro. Não estou brincando não, respondeu o outro com um sorriso travesso. Afinal
de contas, quem é o senhor? Meu nome é William Waldorf Astor. Estamos dando ao
hotel o nome de Waldorf Astoria e você vai ser seu primeiro gerente. O nome do
rapaz era George C. Boldt, e essa é a história de como ele saiu de um pequeno
hotel em Filadélfia para tornar-se gerente do que era então um dos hotéis mais
finos do mundo. Astor sabia que a bondade demonstrada por Boldt fora
espontânea, sem pensar em tirar qualquer proveito dela, e por isso teve início
uma amizade que superou todas as barreiras do status social e financeiro. O rececionista,
que certamente recebia apenas um modesto ordenado, decidiu ajudar um estranho
por perceber a sua real necessidade. Mal sabia ele que estava cedendo seu
quarto a um dos homens mais ricos daquele país. Ele poderia muito bem ser
apenas mais um homem de negócios, à procura de um quarto naquela noite
tempestuosa e fria. Por outro lado, aquela semente de amizade, uma vez plantada,
germinou para o rececionista na forma de um cargo muito superior e de maior
prosperidade financeira. Citei esta história real aqui por uma única razão.
Devemos sempre tratar as pessoas com o melhor de nosso coração. Quer aqueles a
quem ajudemos sejam pobres, ricos, de classe média, negros, brancos, tudo o que
se espera de nós é que lhes estendamos uma palavra, um gesto de amizade. Se o
fizermos com a finalidade de obter só lucro, já teremos recebido a nossa
recompensa e tudo termina aí. Mas, se nos mostrarmos generosamente solidários e
compadecidos daqueles que nos rodeiam, seremos abençoados para sempre. Jamais
tenhas medo, receio das barreiras suspeitas inventadas pela sociedade. Abre o
teu coração confiante e faz a diferença.